Dica de Leitura: Memórias da pedra



Um laudo de radiografia descoberto ao acaso leva Eduardo, um professor de filosofia no Rio de Janeiro nos anos 1990, a achar que a morte de seu pai, num acidente de carro, pode ter sido premeditada. A natureza do problema apontado no exame aproxima Eduardo do médico Gilberto e de sua mulher, a psicóloga Marina, de imaginação “vertiginosa”. Eduardo também vai ao encontro de parentes para tentar desvendar os pequenos segredos e mentiras de uma família habituada a desistir de seus intentos. E é graças a uma mentira engenhosamente encenada num cruzamento da cidade que Eduardo conhece Romário, menino de rua de quem se aproxima, atraído pela inteligência em estado bruto. Identificação e afeto tortuosos que podem ter consequências inesperadas. Por meio de Eduardo, Romário vai conhecer as diferenças — e as semelhanças — entre a vida ao relento e nos apartamentos de classe média. Nas ruas, a dissimulação como forma de garantir a sobrevivência — conseguir uma esmola, escapar da morte. Nas salas de estar, a mentira como maneira de possibilitar o convívio — tolerar a hipocrisia do sogro, a traição de um amigo, a inadequação da cunhada. Como é possível conciliar dois mundos tão distintos? Em que ponto as diferenças levam à ruptura?

Fonte: Saraiva

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