Personagem da Rua: Coronel Nicolao Kroeff


Coronel Nicolao Kroeff nasceu em Hamburgo Velho, então pertencente ao município de São Leopoldo, em 4 de abril de 1878. Era filho do Coronel Jacob Kroeff e de Tereza Steigleder Kroeff.
Casou-se com Adelina Wiltgen e desta união nasceram três filhos: Clóvis, Telmo e Lílian. Em 1884, seu pai decidiu mandá-lo estudar engenharia mecânica na Alemanha. Nicolao deixou seguir bagagem até Porto Alegre e, na estação do Rio dos Sinos, baldeou de trem e veio se estabelecer na Fazenda Paquete, de propriedade de seu pai. Era ali que estava seu interesse, a sua vocação. Homem dotado de sorte nos empreendimentos, em 1898 importou o primeiro touro holandês, puro de “pedigree” com o nome de Max. Dois anos depois, construiu a primeira usina de extração de álcool da mandioca no Brasil. Em 1901, construiu o primeiro Banheiro Carrapaticida do Brasil. Em 1903, participou da Exposição-Feira de Porto Alegre com produtos da Fazenda. Em 1908, foi mais longe. Conquistou a medalha de ouro na Exposição de São Luís, nos Estados Unidos. Em 5 de novembro de 1955, o jornal Correio do Povo referiu-se a Nicolao Kroeff: “proporcionou ao Estado o início da indústria de laticínios, tornando sua Fazenda e Cabanha Paquete um dos estabelecimentos mais importantes do gênero no Rio Grande do Sul, dada à segurança e honestidade com que conduzia suas atividades nesse setor”. Foi membro, por muitos anos da Federação das Assossiações Rurais do Rio Grande do Sul. Também fez parte da diretoria do Instituto de Carnes nos primeiros anos de sua organização, tendo prestado sua colaboração com toda a eficiência, naquilo que lhe era exigido.
Na política, o Coronel Nicolao Kroeff militava nas hostes do extinto Partido Republicano, ocupando lugar de destaque no Diretório Estadual, sob a chefia do Doutor Borges de Medeiros. Era, ainda, por Decreto do Presidente da República, Coronel da Guarda Nacional, cuja patente lhe foi conferida em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao pregresso e à ordem pública do Estado e do País.
Em 1914, Nicolao foi aceito como sóciofundador da Sociedade Brasileira para Animação da Agricultura do Brasil, fundada em Paris, pelo Doutor Assis Brasil. Em 1916, já usava álcool de fabricação própria em mistura com gasolina em seu automóvel. Em 1926 e 1927 usou exclusivamente álcool de sua produção em tratores em serviço na agricultura da Fazenda e, em 1934, usou álcool puro com mistura de óleo de mamona nos veículos de transporte da Fazenda.
Foi sócio-fundador da associação Rural do Estado e membro do Conselho Fiscal: sócio-fundador do Sindicato Riograndense do Arroz, hoje “IRGA”. Em 1955, o casal Kroeff festejou suas Bodas de Ouro, onde espontaneamente mais de 500 pessoas compareceram à Fazenda Paquete. Faleceu em 4 de novembro de 1955, em Porto Alegre.
Nicolao Kroeff é patrono de uma rua, conforme Lei 2083, de 5 de dezembro de 1977, da Prefeitura Municipal. 

Fonte: Jornal Ibiá (Editora Ibiá Ltda.) - Especial Personagem da Rua e Traços Biográficos (1988) de Elisa Moojen Arpini.



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